“Identificar-se com a mente é ser aprisionado no tempo:
a compulsão de viver quase exclusivamente das recordações
e por antecipação.
Esta situação gera uma preocupação interminável com o
passado e com o futuro e uma falta de vontade de dignificar
e reconhecer o momento presente e permitir que este seja.
A compulsão nasce porque o passado lhe dá uma identidade
e o futuro contém a promessa de salvação, de realização sob
qualquer forma.
Ambos são ilusões.
Quanto mais a pessoa se concentra no tempo (passado e futuro),
mais sente falta do Agora, a coisa mais preciosa que existe.
Porque é o Agora a coisa mais preciosa que existe?
Primeiro, porque é a única. É tudo o que existe.
O presente eterno é o espaço no âmbito do qual a sua vida se
desenrola, o único fator que permanece constante.
A vida acontece agora.
Nunca houve uma altura em que a sua vida não fosse no agora,
nem nunca haverá.
Em segundo lugar, o Agora é o único ponto que pode levar
o leitor além dos limites circunscritos da mente.
É o seu único ponto de acesso ao mundo eterno e sem forma
do Ser.
Alguma vez o leitor experienciou, fez, pensou ou sentiu algo
fora do Agora?
Acha que alguma vez o fará?
É possível que alguma coisa aconteça ou se dê fora do Agora?
A resposta é óbvia, não é?
Nunca nada aconteceu no passado, mas sim no Agora.
Nunca nada vai acontecer no futuro, mas sim no Agora.”
(Eckhart Tolle, in 'A Prática do Poder do Agora')
[Escritor espiritual / Conferencista, Alemanha,
n. 16 Fev 1948]
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