sexta-feira, 20 de setembro de 2013

QUEM AMA INVENTA

Quem ama inventa as coisas a que ama...
Talvez chegaste quando eu te sonhava.
Então de súbito acendeu-se a chama!
Era a brasa dormida que acordava...
E era um revoo sobre a ruinaria,
No ar atônito bimbalhavam sinos,
Tangidos por uns anjos peregrinos
Cujo dom é fazer ressurreições...
Um ritmo divino? Oh! Simplesmente
O palpitar de nossos corações
Batendo juntos e festivamente,
Ou sozinhos, num ritmo tristonho...
Oh! meu pobre, meu grande amor distante,
Nem sabes tu o bem que faz à gente
Haver sonhado... e ter vivido o sonho!

(Mario Quintana - A cor do invisível)

A COR DO INVISÍVEL
[Em 'A cor do invisível', de 1989, Quintana já octogenário
exercitava mais uma vez a força poética de seu olhar de
menino, potência reveladora do lírico que aborda o mundo
como quem o vê pela primeira vez. ...Google Books
Publicado em: 1 de janeiro de 1989
Autor: Mario Quintana]

“A amizade é um amor que nunca morre.”
(Mario Quintana)
“Tão bom morrer de amor! e continuar vivendo...”
(Mario Quintana)

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