segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

DESCANSA...

Descansa...
Depois de uma tempestade, vamos arrumar a casa, colher os frutos
caídos ao chão; limpar os tapetes.
Vamos; e, voltamos.
Descansa o seu corpo cansado, pouco a pouco, reclinado na cadeira,
a esperar.
Descansa a sua cabeça preocupada, voltando os olhos para o céu:
- Ah, que gosto de mel!
Doce descanso; paraíso tão manso, regaço de esperanças, esquecimento
de lembranças.
Volte; resolve o emaranhado de ilusões; apresse a chegada das realizações.
Descansa...
Luta por uma batalha já ganha; uma linguagem já compreendida; você,
tão doce, a vida.
Descanso pleno de agitação sublime, queira agora iluminar o caminhar
deste novo lar.
Volto; manuseio o piscar da luz que ofusca o despertar de um novo tempo.
É tempo de recomeçar.

Vera Z Albuquerque

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