domingo, 15 de maio de 2016

EXPULSAR ALGUÉM DAS NOSSAS VIDAS

“Agora, uma questão importante: por favor, não tenhas
pena de excluir, temporariamente ou definitivamente,
seja quem for da tua vida.
Esse sintoma pode relegar a tua vida para uma constante
e generalizada insatisfação.
É o pior que podes fazer, pois além de não te comprometeres
com aquilo que verdadeiramente desejas e não te permitires
caminhar com os bons, também não consentes que os outros
sintam o verdadeiro impacto que os seus padrões de
comportamento têm e, como tal, não os excluindo estarás a
dizer às suas mentes que podem continuar a agir assim pois
nada perdem com isso.
A tua pena matar-te-á. 

Recordo-me do magnífico efeito que algumas expulsões
temporárias tiveram na minha vida.
Lembro-me de respirar melhor, pois abandonara as vozes
que me cobravam e culpavam, mas lembro-me também
da reconciliação e de testemunhar na primeira pessoa
a mudança inerente ao afastamento.
Expulsar alguém das nossas vidas representa não só
um brilhante manifesto de poder pessoal como também,
e muitas vezes, a oportunidade necessária para fazer
o outro repensar a sua forma de estar, apurar os seus
valores e perceber o que o motivava a agir daquela
maneira.
Não tenhas pena, ama-te e permite, ainda que doa, que
os outros se amem também, dando-lhes o mesmo tempo
e espaço que precisas para ti, mas longe um do outro.” 

(Gustavo Santos, in 'Agarra o Agora')

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