“As ilusões das pessoas vão mudando.
Quando são jovens, têm a ilusão do amor; pensam que o amor
talvez consiga abrir as portas de todos os mistérios.
O amor abre realmente as portas, não as dos mistérios, mas as das
misérias. Há outros indivíduos a quem só interessa ganhar dinheiro.
Quando perguntaram a Henry Ford: «Ganhou mais dinheiro do que
qualquer outra pessoa no mundo. Agora que chegou ao topo, como se
sente?», ele respondeu: «Completamente frustrado, porque no topo não
existe nada. O que aprendi ao longo de toda a minha vida foi a subir
escadas. Fui subindo, na esperança de que no degrau seguinte pudesse
estar a realização, mas a realização nunca se alcança.»
Quando as pessoas perdem as suas esperanças, ilusões e sonhos
mundanos, então mudam e começam a ter esperança no crescimento
espiritual, em Deus e no paraíso. Estas são as mesmas pessoas e as
mesmas mentes que não aprenderam absolutamente nada.
A não ser que não possua quaisquer tipo de ilusões - o que significa
que já não pensa no amanhã não conhecerá a verdade pura da existência,
que apenas existe nesse momento. Não se encontrará em sintonia com
o mesmo, e, portanto, estará sempre a afastar-se, a adiar, a ir, a caminhar.
Já está na altura de perder por completo as ilusões: ilusões mundanas,
ilusões não-mundanas, amor, dinheiro, iluminação.
Limite-se a ser o que é e assim terá chegado a casa.
Na verdade, nunca a deixou realmente. Esteve sempre aqui.”
(Osho, in 'Acreditar no Impossível')
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