quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

DESCANSA

Descansa...
Depois de uma tempestade, vamos arrumar a casa,
colher os frutos caídos ao chão; limpar os tapetes.
Vamos; e, voltamos.
Descansa o seu corpo cansado, pouco a pouco,
reclinado na cadeira, a esperar.
Descansa a sua cabeça preocupada, voltando os
olhos para o céu:
- Ah, que gosto de mel!
Doce descanso; paraíso tão manso, regaço de
esperanças, esquecimento de lembranças.
Volte; resolve o emaranhado de ilusões; apresse
a chegada das realizações.
Descansa...
Luta por uma batalha já ganha; uma linguagem já
compreendida; você, tão doce, a vida.
Descanso pleno de agitação sublime, queira agora
iluminar o caminhar deste novo lar.
Volto; manuseio o piscar da luz que ofusca o despertar
de um novo tempo.
É tempo de recomeçar.

Vera Z Albuquerque

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