sexta-feira, 6 de julho de 2012

DESCANSA...

Descansa...
Depois de uma tempestade, vamos arrumar a casa,
colher os frutos caídos ao chão; limpar os tapetes.
Vamos; e, voltamos.
Descansa o seu corpo cansado, pouco a pouco, reclinado
na cadeira, a esperar.
Descansa a sua cabeça preocupada, voltando os olhos
para o céu:
- Ah, que gosto de mel!
Doce descanso; paraíso tão manso, regaço de esperanças,
esquecimento de lembranças.
Volte; resolve o emaranhado de ilusões; apresse a chegada
das realizações.
Descansa...
Luta por uma batalha já ganha; uma linguagem já compreendida;
você, tão doce, a vida.
Descanso pleno de agitação sublime, queira agora iluminar
o caminhar deste novo lar.
Volto; manuseio o acordar da luz que ofusca o raiar de um
novo tempo.
É tempo de recomeçar.

Vera Z Albuquerque

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