quinta-feira, 25 de junho de 2015

ENCERRANDO CICLOS

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final.
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário,
perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa
o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da
vida que já se acabaram. 
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem
mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente
possam ir embora.
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que
está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças
significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. 
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes
ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço,
que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa,
que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas
envenenando, e nada mais.
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo:
diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. 
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem
aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.
Encerrando ciclos.
Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque
simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira.
Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

(Gloria Hurtado, é uma psicóloga e colunista colombiana)

[Nota: o texto Encerrando Ciclos não é de
Fernando Pessoa ou de Paulo Coelho]

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